Mantega prevê US$ 65 bi de investimentos estrangeiros em 2011
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que os investimentos estrangeiros diretos no Brasil têm crescido e devem chegar a US$ 65 bilhões em 2011, contra US$ 48 bilhões no ano passado.
Segundo Mantega, o Brasil tem conseguido fazer uma "seleção de capitais", contendo a entrada de capitais de curto prazo e estimulando os investimentos diretos, "que são os que interessam".
De acordo com o ministro, o Brasil conseguiu reduzir o fluxo de capitais para o país após o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alcançando um patamar “razoável”.
"Em janeiro, fevereiro e março, já tínhamos cerca de US$ 35 bilhões (de saldo financeiro), e nós tomamos medidas fortes de IOF e reduzimos essa entrada", afirmou.
Nos primeiros cinco meses do ano, o valor foi de quase US$ 40 bilhões. "Hoje estamos com um ingresso que considero normal", acrescentou. "No mês de maio, até o dia 20, tivemos saldo de US$ 3,3 bilhões, o que é bastante razoável."
De acordo com o ministro, sem as medidas tomadas desde 2009 para conter o fluxo de capitais estrangeiros, o dólar já poderia ter chegado a R$ 1,30 ou R$ 1,40.
O ministro abriu a conferência "Administrando os fluxos de capitais em mercados emergentes", no Rio, organizada pelo Ministério da Fazenda e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mantega saiu do evento sem falar com a imprensa e não fez comentários sobre a sucessão do FMI após a renúncia do diretor-gerente Dominique Strauss-Kahn, preso nos Estados Unidos acusado de violência sexual.
Na quarta-feira, o ministro havia dito que considera positivo ter mais de uma candidatura na disputa pelo cargo.
Segundo Mantega, “mais do que os nomes”, o importante são os compromissos que o futuro diretor vai assumir em relação à agenda de reformas em curso no FMI para assegurar maior participação dos países emergentes.
dzԳáDzDeixe seu comentário
Não podemos esquecer que este dinheiro vem do capital especulativo, devido o juros brasileiros ser auto, e elevando as dividas publica.