Em 'boa fase', comércio de Brasil e Argentina se aproxima do recorde
Acostumados à s frequentes disputas comerciais, Brasil e Argentina vivem este ano o que as autoridades dos dois paÃses vêm chamando de "boa fase na relação".
Não que o casamento esteja perfeito: as reclamações sobre a imposição de barreiras não-tarifárias, como burocracia e demora na liberação de produtos, ainda fazem parte da relação entre os dois vizinhos.
Mas, neste ano, graças ao crescimento econômico nos dois paÃses, o comércio Brasil-Argentina está, inclusive, a caminho de atingir seu recorde.
De janeiro a julho, o comércio bilateral chegou a US$ 17,4 bilhões. Segundo Welber Barral, secretário de comércio do Ministério da Indústria e Comércio, se esse ritmo for mantido ao longo do ano, os dois paÃses deverão ultrapassar a cifra de US$ 30,8 bilhões, registrada em 2008.
"Com a diminuição dos conflitos, tivemos tempo para trabalhar outros temas", disse o secretário de comércio argentino, Eduardo Bianchi, que participou nesta quinta-feira em BrasÃlia de uma reunião com Barral sobre o comércio bilateral.
O clima está tão positivo que o principal tema da reunião não foi algum litÃgio entre os dois paÃses, mas sim um plano contra a "invasão" de autopeças da União Europeia e de paÃses asiáticos no mercado local.
Brasil e Argentina querem fortalecer as empresas locais e já estão discutindo um plano para que as montadoras reduzam as encomendas no exterior, ampliando assim a compra de autopeças produzidas na região.